Um Sufi não precisa estar ligado ao mundo islâmico. Ele pode existir em qualquer lugar, sob qualquer forma, pois o Sufismo está na essência de todas as religiões. Não tem nada a ver com o Islam em particular. Os Sufismo pode existir sem o Islam, embora o contrário não seja verdadeiro.
Quando uma religião está viva, é por causa do Sufismo. Sufismo significa simplesmente um caso de amor com Deus, com o Todo, com o Universo. Significa que o indivíduo está pronto para dissolver-se no Todo, que está pronto para convidar o Todo para dentro de seu coração.
O Sufismo não conhece formalidades, nem está confinado por dogmas, doutrinas ou credos. Cristo é um Sufi, assim como Maomé, Krishna e Buddha. Existem apenas nomes diferentes para a mesma relação íntima com Deus.
A relação é sempre perigosa. É perigosa porque quanto mais você se aproxima da Totalidade, mais você se dissolve nela. E quando você chegar mais perto ainda, você já não é mais. É perigosa porque é suicida... mas é um suicídio bonito. Até que você morra voluntariamente no amor, você vive uma existência medíocre: nenhuma poesia surge em seu coração, nenhuma dança, nenhuma celebração. Você vive no mínimo, não se deixa afogar no êxtase.
O êxtase acontece quando você não é mais. Você é a barreira. Sufismo é a arte de remover a barreira entre você e você mesmo, entre o si mesmo e o self, entre a parte e o todo.
Fonte: Sufis - the people of the path, vol.1 / Osho
Ilustração: Sufi Dancing / Peter Sickles